quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Utopia

Recebi este texto por email e me identifiquei completamente. Não sei o autor, mas ele conseguiu descrever exatamente o que penso sobre esta loucura de vida que temos hoje.

Fui criada com princípios morais comuns.
Quando criança, ladrões tinham a aparência de ladrões e nossa única preocupação em relação à segurança era a de que os “lanterninhas” dos cinemas nos expulsassem devido às batidas com os pés no chão quando uma determinada música era tocada no início dos filmes, nas matinês de domingo.
Mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades presumidas, dignas de respeito
e consideração.
Quanto mais próximos, e/ou mais velhos, mais afeto.
Inimaginável responder deseducadamente à policiais, mestres,
aos mais idosos,
autoridades.
Confiávamos nos adultos porque todos eram pais e mães de todas as crianças da rua, do bairro, da cidade.
Tínhamos medo apenas do escuro, de sapos, de filmes de terror.
Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo que perdemos.
Por tudo que meus netos um dia temerão.
Pelo medo no olhar de crianças, jovens, velhos e adultos.
Matar os pais, os avós, violentar crianças, seqüestrar, roubar, enganar, passar a perna, tudo virou banalidade de notícias policiais, esquecidas após o primeiro intervalo comercial.
Agentes de trânsito multando infratores são exploradores, funcionários de indústrias de multas.
Policiais em blitz são abuso de autoridade.
Regalias em presídios são matéria votada em reuniões.
Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos.
Não levar vantagem é ser otário.
Pagar dívidas em dia é bancar o bobo, anistia para os caloteiros de plantão.
Ladrões de terno e gravata, assassinos com cara de anjo, pedófilos de cabelos brancos.
O que aconteceu conosco?
Professores surrados em salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas.Crianças morrendo de fome!
Que valores são esses?
Carros que valem mais que abraço,
filhos querendo-os como brindes por passar de ano.
Celulares nas mochilas dos recém saídos das fraldas.
TV, DVD, vídeo-games...
O que vai querer em troca desse abraço, meu filho?
Mais vale um Armani do que um diploma.
Mais vale um telão do que um papo.
Mais vale um baseado do que um sorvete.
Mais valem dois vinténs do que um gosto.
Que lares são esses?
Jovens ausentes, pais ausentes.
Droga presente.
E o presente?
O que é aquilo?
Uma droga!
Uma árvore, uma galinha, uma estrela, ou uma flor?
Quando foi que tudo sumiu ou virou ridículo?
Quando foi que esqueci o nome do meu vizinho?
Quando foi que olhei nos olhos de quem me pede roupa, comida, calçado sem sentir medo?
Quando foi que me fechei?
Quero de volta a minha dignidade, a minha paz
Quero de volta a lei e a ordem
Quero liberdade com segurança!
Quero tirar as grades da minha janela para tocar as flores!
Quero sentar na calçada e ter a porta aberta nas noites de verão.
Quero a honestidade como motivo de orgulho.
Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olho no olho.
Quero a esperança, a alegria.
Quero a vergonha, a solidariedade.
Teto para todos, comida na mesa, saúde a mil.
Quero calar a boca de quem diz: “ a nível de”, enquanto pessoa.
Abaixo o “TER”, viva o “SER”!
E viva o retorno da verdadeira vida, simples como uma gota de chuva, limpa como um céu de abril, leve como a brisa da manhã!
E definitivamente comum, como eu.
Adoro o meu mundo simples e comum.
Ter o amor, a solidariedade, a fraternidade como base.
Vamos voltar a ser “gente”?
A indignação diante da falta de ética, de moral, de respeito...
Discordar do absurdo.
Construir sempre um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas.
Utopia?

sábado, 22 de outubro de 2011

Sem Pensar – com Denise Fraga

Na Sexta, dia 16/09, fui assistir a peça Sem Pensar com Denise Fraga.

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Imagem surrupiada do blog da peça: http://sempensarblog.blogspot.com

Definida como uma mistura de comédia e drama, da tragédia que te faz rir até a comédia que te faz chorar. O espetáculo retrata os conflitos familiares e a difícil convivência matrimonial.

Denise interpreta Vichy, uma dona de casa que vive em uma constante TPM, casada com Nick, que a traiu com a chefe, e têm uma filha de quase 13 anos que se apaixona pelo inquilino. Apesar do drama das brigas do casal e conflitos “aborrecentes” amorosos, eu ri até da desgraça - que é contada de uma forma bem divertida. Te faz rir ao pensar que “é bem assim mesmo”. Denise é super engraçada até quando faz papel de chata.

Outra coisa que me surpreendeu, é que o texto foi escrito pela Anya Reiss, uma jovem de 17 anos, nascida em Londres em 1991.

Recomendadíssimo!

Quando: Sextas e sábados às 21h30; domingos às 19h
Onde: Tuca (Rua Monte Alegre, 1024, Perdizes)
Quanto:  R$ 40 (sexta e domingo) e R$ 60 (sábado).

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Conversor de moedas estrangeiras online

Se você vai viajar e está precisando saber da cotação da moeda para o Real ou de outra moeda para outra. No site Yahoo Finanças é possível ter uma boa ideia do valor do seu precioso dinheirinho em outra moeda.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

E o transporte público de São Paulo

Não nasci em São Paulo, sou caipira do interior, mas moro nesta cidade maluca.

As distâncias são muito grandes e o transporte público não ajuda, em praticamente, quase nada.

Apesar das melhorias nos metrôs, novos projetos e inauguração de algumas estações da linha amarela, existem lugares que só se chega de buzão.

O Bilhete Único facilitou a vida de muita gente. Com ele o cururu pode fazer até 4 viagens pagando apenas 1.

Então se você estiver passeando por São Paulo, compre um para economizar uns trocadinhos.

Metrô e Trem da CPTM

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Basicamente são 3 linhas de metrô (a Linha Lilás ainda não é integrada com outras linhas do metrô – e leva do nada a lugar nenhum): Vermelha, Verde e Azul. A linha Amarela, ainda sendo inaugurada estação por estação, mas está já integrada com as outras linhas pelas estações Consolação(Verde), Anhangabaú(Vermelha) e Luz(Azul)

Mapa atualizado: clique aqui.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Filme: Diários de Motocicleta

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Fazendo uma arrumação básica na minha coleção de DVD’s, me deparei com o sensacional filme Diários de Motocicleta, do diretor brasileiro Walter Salles.

O roteiro é simples, e se você ainda não assistiu, super recomendo!

A história é de 2 amigos que resolvem viajar na moto velha “Poderosa”, propriedade do jovem Ernesto Che Guevara, e assim vão eles passando pelo Chile, Perú e Colômbia. Ah! A moto quebra no meio do caminho, passam por apuros e conhecem várias pessoas...

Não vou contar o filme aqui porque vale muito a pena assistir, pela história, pelas paisagens, pelos lugares.

Passeio Ciclístico – São Paulo

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O passeio ciclistico do evento “Italia comes to you” (“Itália vem até você”, traduzido do inglês), será dia 16/10 (domingo). O horário de concentração no parque do Povo (Mário Pimenta Camargo) - Av. Henrique Chamma, 490 – será às 9h00 e será fornecido um kit de participação ( Camiseta, Caramanhola, Boné e uma sacola de tecido ). O evento é gratuito, mas as inscrições deverão ser feitas até 14/10 ou até atingir o limite dos inscritos.

Para maiores informações e detalhes, clique aqui.

"A Itália vem até você" agora em Outubro

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Para quem sempre teve vontade de conhecer a Itália, a ENIT - Agência Nacional Italiana - criou uma iniciativa que leva o nome de “Itália comes to you” (“Itália vem até você”, traduzido do inglês), que acontecerá em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Clique aqui para ir ao site oficial.

O evento está sendo realizado nos países que integram o BRIC (para quem não sabe: Brasil, Rússia, Índia e China). O projeto apresenta ao público uma das mostras mais completas sobre a Itália, que englobam cultura, turismo, moda, design, cicloturismo, etc.

O A Itália vem até você acontece em São Paulo de 15 a 23 de Outubro, e a cerimônia de abertura será dia 15 (próximo sábado) na Arena de Eventos do Parque do Ibirapuera - Air Dome. Clique aqui para ver a programação completa.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Vídeo "Quando vier para Curitiba"

Olha que vídeo legal que o Eloi Zanetti (www.eloizanetti.com.br) ajudou a criar "Quando vier para Curitiba".

O vídeo fala sobre as possibilidades receptivas do turismo em Curitiba, das atrações, das disponibilidades de hotéis, restaurantes, lazer, cultura e turismo de negócios - convenções.

Tudo foi dito em menos de quatro minutos...

Para ver o vídeo, clique aqui!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Foz do Iguaçu em 360 graus

Minha amiga Néia me enviou um email com este link e achei sensacional! Para quem ainda não foi para Foz do Iguaçu, dá pra ter uma leve noção da beleza do lugar. Mas só estando lá mesmo para saber como é maravilhoso.

http://airpano.ru/files/brasil/iguasu/start_e.html

domingo, 3 de julho de 2011

Estradas para aproveitar a vista

Aqui, 2 trajetos pelo Brasil em que o destino é apenas o caminho.

Estrada da Graciosa (PR) – PR-410

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Antes, uma antiga trilha traçada pelos tropeiros para abrir um caminho entre o planalto o litoral do Estado, interligando Curitiba às cidades de Antonina e Morretes. Agora, uma estrada cheia de riachos, cachoeiras, bichos e flores, que passa por um preservado trecho de mata atlântica e que parte dela foi declarada pela UNESCO como Reserva da Biosfera São Aproximadamente 30 quilômetros de paralelepípedos e repleta de curvas sinuosas. Na primavera, a encosta fica envolvida pelo colorido rosa e lilás das hortênsias. Ao longo da rodovia, são mantidos 7 recantos, contendo estruturas de lazer.

Serra do Rio do Rastro (SC) – SC-438

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A estrada liga Lauro Muller e Bom Jardim da Serra. Se uma cerração teimosa estiver sobre Lauro Muller e você acreditar que isto vá estragar o passeio. Continue viagem. Na serra não ha com o que se preocupar. Mas atenção redobrada, são 16 quilômetros sossegados em asfalto e a parte mais bacana, em concreto, com subida íngreme, cotovelos e muitos mirantes. Cada curva de 180 graus convida para uma parada para fotos. Lá em cima, paradinha para um chocolate quente no único café que tem no mirante. Lá de cima, em dias bem claros, dá pra ver o litoral tão pertinho que parece que é possível toca-lo.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ilha do Mel – Onde Comer

 

A ilha do Mel é cheia de restaurantes, lanchonetes e bares – espalhados entre os vilarejos.

Na Encantada, importantíssimo é experimentar uma das saladas no Eclipse(bar da sinuca – em frente ao trapiche), que oferece também porções de peixe e camarão e sandubas. É barato, dependendo da fome serve até 2 pessoas. No primeiro dia pedi uma salada e um porção de peixe e comeu eu e o Neno. Sobrou!

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Também as batidas são deliciosas, de 500 ml por R$ 10,00.

Ainda na Encantadas, tem o restaurante da pousada que fiquei hospedada – o Estrela do Mar. É na beira da praia, perfeito para curtir o visual. O cardápio tem frutos do mar e peixe e outras opções variadas. Este já não é tão barato.

Também tem o Fim da Trilha, que foi premiado pelo Guia 4 Rodas. O restaurante funciona em um pousada. É colorido e descontraído. O menu não cheguei a ver, pois estava fechado no dia. Mas recebi informações nativas de que é o mais caro de todos e as porções deixam com cara de fome.

Na Nova Brasilia, apenas comi na Pousadinha. O ambiente é agradável e os preços acessíveis. É pertinho do trapiche.

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Dica de nativo: Não coma na praça de alimentação. Sujo e não trocam o óleo da fritura.

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A paródia deste vez, é que fomos pegos pela inteligência da Pousada Estrela do Mar. Com uma cabana, com dizeres de informações da ilha. Os Pedro Bó aqui pararam, achando se tratar de um ponto de informações turísticas e engoliram goela abaixo as vantagens, e só vantagens de se hospedar na Pousada Estrela do Mar.

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A proposta é o seguinte: por se tratar de dia das mães, a diária ficou R$200 com estacionamento, translado, passeio de barco, hospedagem na melhor pousada da Encantadas,café da manhã e jantar incluso com direito a camarão na moranga, no sábado. Detalhe, chegamos na quinta.

Considerando que realmente, é a melhor pousada da Encantadas, pois está de frente para o mar, e é a única com um deck com confortáveis espreguiçadeiras e restaurante próprio, foi uma ótima ter fechado com eles. A pousada é uma gracinha, tudo de boa qualidade, bom colchão e boa roupa de cama e toalha. O café da manhã foi ótimo, e o jantar, com direito a camarão todos os dias (mesmo eu não gostando de camarão).

O carro, fica na propriedade deles, e só tem acesso a eles. Diferente dos estacionamentos normais que entra e sai, entra e sai. E o barco é próprio, isto é, você não fica limitado aos horários das barcas que fazem a travessia da ilha. Se você quiser chegar as 3 da manhã. Eles te levam! Só por tudo isto, valeu ter pago um pouquinho mais do que pagaria, se fizesse tudo separadinho. A diferença é que não precisei me preocupar com mais nada, em achar estacionamento, hospedagem na ilha, esperar o barco da travessia, etc, etc e todas aquelas chatices todas. As vezes, este luxo vale a pena.

Mas se quiser fazer as contas por si, a conta que fiz foi mais ou menos assim: Média de preço de pousada: R$ 100 por noite (3 noites) = R$300 + Estacionamento(4 dias): R$15,00 cada = R$60,00 + 46,00 de travessia(ida e volta) o casal + Média de R$ 50,00 o jantar para o casal (3 jantares) = R$ 150 + Passeio de barco: R$20,00 o casal = Total 530 = Prejú: 70,00

Dai, eu considero a comodidade de fazer a travessia em qualquer horário e o passeio de barco, ser de lancha ( nossa volta também foi de lancha - de 30 min fomos em 8 min). Também considero beber uma birita com o dono da pousada, enquanto ele te “convida” a jogar uma bolinha entre as pernas da cachorrinha Dara, sob a pena de, se conseguir, ganhar uma caipirinha. Considero que tudo isto vale mais que R$70,00. Tipo propaganda da Mastercard: Não tem preço.

Lá na ilha, estive em algumas pousadas por curiosidade. Na Encantadas visitei a Mar & Cia, que é organizada, mas é bem mais simples. Mas o preço ó: R$90, bem menor, mas com nada incluso além do café da manhã.

Na Nova Brasilia, visitei também a Pousadinha, com chalezinho novinho em folha por R$130,00. Tirando que as frestinhas entre as madeiras vai deixar alguns pernilongos entrarem para dormir com você, também pareceu interessante.

Outra que fui, mas de muita curiosidade, foi a Pousada das Meninas, indicada pela Matraca Silvia. A pousada é super rústica, charmosas-gracinhas e com café da tarde, mas não valem o que cobram: R$ 180,00. Fora o detalhe, que antes de ir, mandei vários emails para saber o valor da diária e até agora estou esperando a resposta.

Também fui no Grajagan Surf Resort, que não é bem um Resort, é só um nome bonito para uma pousada bonita e cara. Está localizado na Praia Grande e a acomodação mais barata era R$ 240,00. O lugar é lindo, extremamente acolhedor e ótima decoração. Mas não faz parte da lista de pousadas acessíveis ao meu bolso.

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Absolutamente perfeito! É a memória que tenho da Ilha do Mel. Foi um sacrifício voltar para casa.

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Depois de Morretes, chegar ao paraíso com quase 3 mil hectares de mata preservada, com trilhas e sossego foi incrível. A ilha foi transformada em estação ecológica pela UNESCO.

Pra começar, na ilha não entra carro, não tem iluminação pública (o que exige lanternas), as ruas são de areias. Apesar da modernidade das pousadas, com wi-fi e ar-condicionado, a ilha continua rústica, com casinhas simples e restaurantes charmosos, e, apesar de ficar sabendo que não funciona muito bem, teoricamente o número de visitantes é controlado. Ufa!

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É, lá não tem nada de nhém nhém nhém! Esqueça sua bolsa Luis Viton e seu salto alto!!! Lá não tem calçadas e a areia está por todas as partes o tempo todo. Ou seja, o programa é rústico, sem frescura.

Há, alias, falando de salto alto.. .você acredita que tem umas minas que vão de salto alto na ilha? Será que são tão desinformadas ou ...vai saber, deixa pra lá!

Alias, muita coisa mudou na ilha desde a primeira vez que fui, ha 18 anos atrás, quando não havia trapiches e no desembarque era preciso nadar para chegar lá. Agora já tem trapiche, carregador de mala, vários restaurantes, pousadas com wi-fi e ar-condicionado. Chic que só!

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A ilha é dividida em três vilinhas: Nova Brasilia, Encantadas e Fortaleza. As mais estruturas são as 2 primeiras. Então, é essencial decidir onde vai ficar e desembarcar no trapiche onde está sua hospedagem. Lembre-se, lá só se pode andar a pé, de bicicleta ou de barco. No trapiche de Nova Brasilia, tem carregadores de mala, que levam toda sua tralha a preços que variam de R$ 20 a R$45.

Os points turísticos são basicamente três: A Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres, o Farol das Conchas e a Gruta das Encantadas.

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Eu fiquei hospedada na vilinha Encantadas, de lá, 10 minutinhos se chega a Grutas das Encantadas, que é uma enorme fenda num rochedo no nível do mar. Por isto é importante ficar atento às mares. Pois só se poderá visitar a gruta na maré baixa.

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Alias, a maré é o que rege a ilha. Tudo o que se for fazer, pense na maré. Se for, pense que pra voltar, a maré pode subir e você não conseguirá voltar. Pense: Maré! Maré! Maré! Maré! Maré!

Foi por causa da maré que não consegui ir até o Farol das Conchas a partir da Encantadas. Uma trilha de 6 km, que dura pouco mais de 2 horas de caminhada. Passa por 3 praias: Mar de Fora, praia do Miguel e Praia Grande.

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À direita praia Mar de Fora e à direita Praia do Miguel.

Eu só consegui chegar até a Praia do Miguel, que alias, foi lá que vi toda a praia craquelada e fiquei super curiosa em saber o que acontece que a praia fica assim. O que será?

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Para chegar até a praia do Miguel é fácil, saindo das Encantadas, pegue a trilha do lado do mercadinho, que sai já no brejão da praia Mar de Fora, de lá, é só atravessar o morro. Apenas preste atenção: tem uma placa indicando a trilha, que parece ser pelo caminho mais difícil. Mas acredite, é o único.

Depois de atravessar o morro, se chega na praia do Miguel, depois , é só atravessar as pedras para chegar na Praia Grande, e da Praia Grande, uma trilha por dentro da vila para chegar ao farol das Conchas. Acontece que lá vem o papo da maré. A maré já tinha subido, e já tinha quase coberto todas as pedras, tornando a passagem super difícil e perigosa. E eu com minhas pernocas curtas... enfim, voltamos.

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Voltamos morrendo de fome, enfim, já tinha se passado a hora do almoço. Pra comer, são poucas opções na baixa temporada, principalmente em dia de semana. Mas é obrigatório a parada na barraca Eclipse(bar da sinuca – em frente ao trapiche), em frente ao trapiche, que tem um cardápio conciso, 3 ou 4 tipos de porções que se reduzem a peixe e camarão, uns 8 tipos de saladas e sandubas.

Mas eu comentei deste lugar, porque as saladas, ahhh as saladas são uma delicia. São grandes, baratas e deliciosas. E as batidas, sim, aaaaahhhhhhh as batidas... são de 500 ml por R$10,00.

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Depois, paramos para umas comprinhas na recentemente aberta loja Eco Ilha, que vende camisetas ecológicas feitas de garrafa pet, e artesanato feito pelas mulheres nativas da ilha. Os preços do artesanato é acessível, e as camisetas, apesar de serem mais caras que as outras encontradas em outras lojinhas, são de qualidade muito superior. Sabe, as outras são aquelas camisetas que se usa uma vez e joga fora, ficam tortas e feias.

O mais interessante, é conhecer a Cris (proprietária da loja), uma curitibana que largou tudo e foi morar na ilha. Ela nos deu muitas dicas do tipo: não comam na praça de alimentação (sim, tem uma praça de alimentação indo para a Gruta das Encantadas), é sujo e fazem tudo em gordura velha. Outra dica, é que tem uma trilha, na praia das encantadas que leva até a praia do Farol das Encantadas, onde se pode ver os navios que passam por lá para descarregar em Paranaguá. Dá pra achar que se pode tocar neles. Eu fui e não dei sorte de ver os navios passarem... acho que foi o horário, ou a maré. Rssss.

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Enfim ,minha segunda batida de 500 ml se foi, batendo papo com a Cris, vendo o pôr do sol e a maré alta batendo na porta da lojinha dela. Ai ai ai!!! Que saudades de lá.

A ilha transpira tranquilidade e o tempo passa devagar!

Enfim, se não deu para fazer a trilha até o Farol das Conchas, o certo mesmo é pegar um barquinho que te leva até Nova Brasilia. No nosso caso, fomos de lancha, pois o passeio até a Nova Brasilia estava incluso na diária. Que beleza! O passeio de 30 min de barco virou 5 min de pura aventura e vento na cara, com direito a manobras radicais.

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Chegando lá em Nova Brasilia, a impressão que tive é que lá é melhor, tem mais pousadas, mais restaurantes, dá acesso fácil ao Forte e ao Farol, tem bicicletas para alugar, etc. Tudo de bom. O lugar realmente é encantador, várias ruazinhas pra lá e pra cá, bem mais turistas. Acontece que depois que fica lá um tempo, lá fica muito agitado para se estar numa ilha. E depois disto, mudei de ideia, e voltei a achar que Encantadas, pelo fato de todos os nativos estarem lá e a estrutura ser um pouco menor, tem mais cara de ilha, e sendo assim, é melhor. Apesar que “falam por aí” que o agito mesmo rola na Encantadas na alta temporada. Espero não estar lá para ver isto. Porque o que mais gosto destes lugares, é paz e tranquilidade, bem longe de pessoas que estou acostumada a conviver, e que são o mesmo do tipo que eu: turista.

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O barato de se estar num lugar assim, é se misturar com eles, e achar, por alguns dias, que você faz parte de lá. Enfim, só filosofando.

Voltando ao que importa, apenas uma hora de caminhada partindo de Nova Brasilia para chegar na Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres, em maré baixa. Existe uma trilha alternativa para quando a maré está alta.

No caminho para a Fortaleza, um detalhe importante, é ver as casas e construções à beira mar, se esvaindo com as força das ondas e com o tempo. O mar está tomando a ilha.

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A Fortaleza, localiza-se na praia da Fortaleza, no sopé do morro da Baleia. A Fortaleza foi erguida de 1767 a 1769 a mando de Dom Jose I. O local era estratégico para a defesa do Porto D. Pedro II, em Paranaguá. As ruínas da Fortaleza e os canhões desativados dão ao visitante uma ideia das batalhas que ocorreram para proteger o porto paranaense.

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A Fortaleza possui 12 imponentes canhões, protegidos por cinco lances de muralhas.

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Estando na Fortaleza, faça a trilha até o mirante. A subida é cansativa, mas vale a pena pois a vista lá de cima é linda. Ver os canhões históricos colocados sob muralhas que hoje foram dominadas pelo musgo, é pra sentir a historia do lugar.

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De lá, você poderá voltar por onde veio, ou poderá pegar um barco que te deixará próximo ao Farol das Conchas.

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Encare os 150 degraus, para conhecer a mais bela vista da ilha do mel, e totalmente grátis. Não achei a subida difícil, até porque, parei inúmeras vezes para tirar fotos das paisagens, que são de tirar o fôlego, literalmente. Ou será que é porque estava subindo? Ou era por causa mesmo da paisagem? Quem vai saber? Vá e tire suas próprias conclusões.

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Dicas Úteis:

Leve: lanterna, repelente e seus remedinhos de estimação e os de emergência ( não tem farmácia da ilha e o posto médico é apenas para emergências). Também leve dinheiro, pois lá não tem caixa eletrônico, e nem todos os lugares aceitam cartão de crédito ou de debito.

Não leve: o totó ( pois não é permitido a entrada de animais na ilha, apesar de ter vários), também não leve salto alto e nem aquela bolsa Gucci da moda. Também não leve a frescura. O destino é rústico.

Cuidado: Antes de ir é preciso conferir como está a lotação do local, que é de até 5 mil pessoas por dia. Caso o limite seja atingido, ninguém mais entra.

Como Chegar:

A partir de Curitiba desça a serra do mar pela BR 277 até Paranaguá ou Pontal do Sul. Se preferir um passeios mais melódico, desça a Serra da Graciosa

De Paranaguá as saídas dos barcos varia de acordo com com a época do ano e o percurso é de duas horas. De Pontal do Sul, os barcos saem de 30 em 30 minutos na alta temporada e de 1 em 1 hora na baixa temporada, e o percurso dura 30 minutinhos.

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Morretes – Passeio de um dia

Após descer a Serra da Graciosa, a parada obrigatória, porém rápida, é Morretes.

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Morretes é uma charmosa cidade histórica, com ruas de paralelepípedos e casas coloniais, estilo pra-lá-de-antigamente. Nós demos azar de chegar bem na semana da Festa Feira, que acontece sempre em Maio. Então, as barracas estavam “tomando” toda a cidade, e a cidade bucólica e histórica que eu estava buscando estava agitada. Sem as fotos que eu queria, das casas coloniais e pacatas, desanimei.

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Para chegar a Morretes, você também pode pegar o Trem da Serra do Mar, que faz um passeio magnífico pela serra, mas que eu ainda não fiz. Deixa pra próxima.

Morretes, além da parte histórica, ficou famosa pelo tal do Barreado. Todos os restaurantes da cidade oferecem o prato típico.

Como a cidade estava borbulhando a Festa Feira, poucos restaurantes ousaram abrir em uma quarta a noite. Então, o lugar que encontramos para comer o Barreado, ou não soube preparar o tal prato, ou realmente não faz agrado ao meu paladar, seja aqui ou acolá. Eu odiei. O meu peixe nadando no óleo estava muito mais gostoso. O nome do restaurante é Serra e Mar, só pra constar.

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Acredito que não dei sorte, pois alguns falam que é muito gostoso. Mas se eu não dei sorte, também conheço um monte de gente que também não deram, e odiaram!

De Morretes, dá pra dar um “pulinho” em Antonina, que é menor, e tem menos atrativos, apesar de ter “pousos” bem mais aconchegantes. Antonina se leva não mais de 2 ou 3 horas para conhecer, assim como Morretes. Aconselho chegar cedo na cidade, e se mandar antes do anoitecer. Apesar de eu ter passado a noite na cidade, não vale a pena chegar a tanto.

Mas se quiser ficar, eu fiquei na pousada Trilha da Serra que está a alguns quarteirões do centro. Para mim foi a única opção longe do centro, pois todas as pousadas e hotéis estão no centro ou estão fora da cidade. Lembrando da festa que estava rolando, o barulho do show que rolou até horas da madruga... ficar um pouco longe, apesar de ouvir o barulho, foi essencial para não se sentir dormindo no meio do palco da festa.

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O negócio foi acordar cedo e partir para o paraíso Ilha do Mel.