quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ilha do Mel – Destino Aventura e Sossego

 

Absolutamente perfeito! É a memória que tenho da Ilha do Mel. Foi um sacrifício voltar para casa.

clip_image002

Depois de Morretes, chegar ao paraíso com quase 3 mil hectares de mata preservada, com trilhas e sossego foi incrível. A ilha foi transformada em estação ecológica pela UNESCO.

Pra começar, na ilha não entra carro, não tem iluminação pública (o que exige lanternas), as ruas são de areias. Apesar da modernidade das pousadas, com wi-fi e ar-condicionado, a ilha continua rústica, com casinhas simples e restaurantes charmosos, e, apesar de ficar sabendo que não funciona muito bem, teoricamente o número de visitantes é controlado. Ufa!

clip_image004

É, lá não tem nada de nhém nhém nhém! Esqueça sua bolsa Luis Viton e seu salto alto!!! Lá não tem calçadas e a areia está por todas as partes o tempo todo. Ou seja, o programa é rústico, sem frescura.

Há, alias, falando de salto alto.. .você acredita que tem umas minas que vão de salto alto na ilha? Será que são tão desinformadas ou ...vai saber, deixa pra lá!

Alias, muita coisa mudou na ilha desde a primeira vez que fui, ha 18 anos atrás, quando não havia trapiches e no desembarque era preciso nadar para chegar lá. Agora já tem trapiche, carregador de mala, vários restaurantes, pousadas com wi-fi e ar-condicionado. Chic que só!

clip_image006

A ilha é dividida em três vilinhas: Nova Brasilia, Encantadas e Fortaleza. As mais estruturas são as 2 primeiras. Então, é essencial decidir onde vai ficar e desembarcar no trapiche onde está sua hospedagem. Lembre-se, lá só se pode andar a pé, de bicicleta ou de barco. No trapiche de Nova Brasilia, tem carregadores de mala, que levam toda sua tralha a preços que variam de R$ 20 a R$45.

Os points turísticos são basicamente três: A Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres, o Farol das Conchas e a Gruta das Encantadas.

clip_image007

 

Eu fiquei hospedada na vilinha Encantadas, de lá, 10 minutinhos se chega a Grutas das Encantadas, que é uma enorme fenda num rochedo no nível do mar. Por isto é importante ficar atento às mares. Pois só se poderá visitar a gruta na maré baixa.

clip_image002[7]

Alias, a maré é o que rege a ilha. Tudo o que se for fazer, pense na maré. Se for, pense que pra voltar, a maré pode subir e você não conseguirá voltar. Pense: Maré! Maré! Maré! Maré! Maré!

Foi por causa da maré que não consegui ir até o Farol das Conchas a partir da Encantadas. Uma trilha de 6 km, que dura pouco mais de 2 horas de caminhada. Passa por 3 praias: Mar de Fora, praia do Miguel e Praia Grande.

clip_image004[6]clip_image006[6]

À direita praia Mar de Fora e à direita Praia do Miguel.

Eu só consegui chegar até a Praia do Miguel, que alias, foi lá que vi toda a praia craquelada e fiquei super curiosa em saber o que acontece que a praia fica assim. O que será?

clip_image008

Para chegar até a praia do Miguel é fácil, saindo das Encantadas, pegue a trilha do lado do mercadinho, que sai já no brejão da praia Mar de Fora, de lá, é só atravessar o morro. Apenas preste atenção: tem uma placa indicando a trilha, que parece ser pelo caminho mais difícil. Mas acredite, é o único.

Depois de atravessar o morro, se chega na praia do Miguel, depois , é só atravessar as pedras para chegar na Praia Grande, e da Praia Grande, uma trilha por dentro da vila para chegar ao farol das Conchas. Acontece que lá vem o papo da maré. A maré já tinha subido, e já tinha quase coberto todas as pedras, tornando a passagem super difícil e perigosa. E eu com minhas pernocas curtas... enfim, voltamos.

clip_image010clip_image012

Voltamos morrendo de fome, enfim, já tinha se passado a hora do almoço. Pra comer, são poucas opções na baixa temporada, principalmente em dia de semana. Mas é obrigatório a parada na barraca Eclipse(bar da sinuca – em frente ao trapiche), em frente ao trapiche, que tem um cardápio conciso, 3 ou 4 tipos de porções que se reduzem a peixe e camarão, uns 8 tipos de saladas e sandubas.

Mas eu comentei deste lugar, porque as saladas, ahhh as saladas são uma delicia. São grandes, baratas e deliciosas. E as batidas, sim, aaaaahhhhhhh as batidas... são de 500 ml por R$10,00.

clip_image014

Depois, paramos para umas comprinhas na recentemente aberta loja Eco Ilha, que vende camisetas ecológicas feitas de garrafa pet, e artesanato feito pelas mulheres nativas da ilha. Os preços do artesanato é acessível, e as camisetas, apesar de serem mais caras que as outras encontradas em outras lojinhas, são de qualidade muito superior. Sabe, as outras são aquelas camisetas que se usa uma vez e joga fora, ficam tortas e feias.

O mais interessante, é conhecer a Cris (proprietária da loja), uma curitibana que largou tudo e foi morar na ilha. Ela nos deu muitas dicas do tipo: não comam na praça de alimentação (sim, tem uma praça de alimentação indo para a Gruta das Encantadas), é sujo e fazem tudo em gordura velha. Outra dica, é que tem uma trilha, na praia das encantadas que leva até a praia do Farol das Encantadas, onde se pode ver os navios que passam por lá para descarregar em Paranaguá. Dá pra achar que se pode tocar neles. Eu fui e não dei sorte de ver os navios passarem... acho que foi o horário, ou a maré. Rssss.

clip_image016

Enfim ,minha segunda batida de 500 ml se foi, batendo papo com a Cris, vendo o pôr do sol e a maré alta batendo na porta da lojinha dela. Ai ai ai!!! Que saudades de lá.

A ilha transpira tranquilidade e o tempo passa devagar!

Enfim, se não deu para fazer a trilha até o Farol das Conchas, o certo mesmo é pegar um barquinho que te leva até Nova Brasilia. No nosso caso, fomos de lancha, pois o passeio até a Nova Brasilia estava incluso na diária. Que beleza! O passeio de 30 min de barco virou 5 min de pura aventura e vento na cara, com direito a manobras radicais.

clip_image002[9]clip_image004[8]

Chegando lá em Nova Brasilia, a impressão que tive é que lá é melhor, tem mais pousadas, mais restaurantes, dá acesso fácil ao Forte e ao Farol, tem bicicletas para alugar, etc. Tudo de bom. O lugar realmente é encantador, várias ruazinhas pra lá e pra cá, bem mais turistas. Acontece que depois que fica lá um tempo, lá fica muito agitado para se estar numa ilha. E depois disto, mudei de ideia, e voltei a achar que Encantadas, pelo fato de todos os nativos estarem lá e a estrutura ser um pouco menor, tem mais cara de ilha, e sendo assim, é melhor. Apesar que “falam por aí” que o agito mesmo rola na Encantadas na alta temporada. Espero não estar lá para ver isto. Porque o que mais gosto destes lugares, é paz e tranquilidade, bem longe de pessoas que estou acostumada a conviver, e que são o mesmo do tipo que eu: turista.

clip_image006[8]

O barato de se estar num lugar assim, é se misturar com eles, e achar, por alguns dias, que você faz parte de lá. Enfim, só filosofando.

Voltando ao que importa, apenas uma hora de caminhada partindo de Nova Brasilia para chegar na Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres, em maré baixa. Existe uma trilha alternativa para quando a maré está alta.

No caminho para a Fortaleza, um detalhe importante, é ver as casas e construções à beira mar, se esvaindo com as força das ondas e com o tempo. O mar está tomando a ilha.

clip_image008[4]

A Fortaleza, localiza-se na praia da Fortaleza, no sopé do morro da Baleia. A Fortaleza foi erguida de 1767 a 1769 a mando de Dom Jose I. O local era estratégico para a defesa do Porto D. Pedro II, em Paranaguá. As ruínas da Fortaleza e os canhões desativados dão ao visitante uma ideia das batalhas que ocorreram para proteger o porto paranaense.

clip_image010[4]

A Fortaleza possui 12 imponentes canhões, protegidos por cinco lances de muralhas.

clip_image012[4]clip_image014[4]

clip_image016[4]clip_image018

Estando na Fortaleza, faça a trilha até o mirante. A subida é cansativa, mas vale a pena pois a vista lá de cima é linda. Ver os canhões históricos colocados sob muralhas que hoje foram dominadas pelo musgo, é pra sentir a historia do lugar.

clip_image002[11]clip_image004[10]clip_image006[10]

De lá, você poderá voltar por onde veio, ou poderá pegar um barco que te deixará próximo ao Farol das Conchas.

clip_image008[6]clip_image010[6]

Encare os 150 degraus, para conhecer a mais bela vista da ilha do mel, e totalmente grátis. Não achei a subida difícil, até porque, parei inúmeras vezes para tirar fotos das paisagens, que são de tirar o fôlego, literalmente. Ou será que é porque estava subindo? Ou era por causa mesmo da paisagem? Quem vai saber? Vá e tire suas próprias conclusões.

clip_image012[6]clip_image014[6]clip_image016[6]clip_image018[4]

Dicas Úteis:

Leve: lanterna, repelente e seus remedinhos de estimação e os de emergência ( não tem farmácia da ilha e o posto médico é apenas para emergências). Também leve dinheiro, pois lá não tem caixa eletrônico, e nem todos os lugares aceitam cartão de crédito ou de debito.

Não leve: o totó ( pois não é permitido a entrada de animais na ilha, apesar de ter vários), também não leve salto alto e nem aquela bolsa Gucci da moda. Também não leve a frescura. O destino é rústico.

Cuidado: Antes de ir é preciso conferir como está a lotação do local, que é de até 5 mil pessoas por dia. Caso o limite seja atingido, ninguém mais entra.

Como Chegar:

A partir de Curitiba desça a serra do mar pela BR 277 até Paranaguá ou Pontal do Sul. Se preferir um passeios mais melódico, desça a Serra da Graciosa

De Paranaguá as saídas dos barcos varia de acordo com com a época do ano e o percurso é de duas horas. De Pontal do Sul, os barcos saem de 30 em 30 minutos na alta temporada e de 1 em 1 hora na baixa temporada, e o percurso dura 30 minutinhos.

Posts Relacionados:
Ilha do Mel – Onde Comer
Ilha do Mel – Onde Ficar

Nenhum comentário:

Postar um comentário